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segunda-feira, março 14, 2011

Que pantufada...

Na minha óptica, a melhor maneira de não se ser surpreendido é perder tempo a conjecturar todas as hipoteses possíveis relativas a determinados factos e acções e - se sobrar tempo - divagar também um pouco sobre as impossíveis, não vá o diabo tecê-las. Um pouco como o Miguel Sousa Tavares faz com as opiniões, nada como dizer um pouco acerca de tudo para se acertar em alguma coisa. E a coisa resulta.

Posto isto, vocês não fazem ideia da pantufada que acabei de levar agora...
Eu não sei no que estava a pensar, juro que não.
Numa analogia, temos um caracol a atravessar o IP3, ali perto da barragem da Aguieira, em plena hora de ponta. A vontade de ir morder umas folhas do outro lado da estrada é quase tão grande como os camiões que a atravessam e o caracol ainda vai de costas, para dar mais estilo!


Francamente, eu não ando a tirar bem as fotografias.
Mas ainda bem que dá para rir, porque vem lá outro camião...

segunda-feira, maio 03, 2010

Rabisco



Discordo, há coisas que se apagam.
Nada é assim tão rigido.
Não podem existir regras que não permitam apagar rigorosamente nada quando factores paralelos, como a importância, possibilitam o esquecimento de todos os outros pequenos acontecimentos que nunca tiveram significado palpável.
Bastará o esquecimento de um desses pequenos acontecimentos para que alguma coisa seja apagada.
E alguma coisa é maior que nada, logo essa teoria está (provadamente) errada.
É possivel apagar.

O que sobra, o que não se apaga, sobra porque é importante, sendo que cada um dá a importância que quer ao que vive e ao que constroi.

Disseram-me que a importância diminui à medida que o tempo passa, como uma fracção matemática com o tempo como denominador. Um infinitésimo.
Em principio será verdade. Matemáticamente faz sentido. E ainda assim sabe-me bem dizer que estavas linda quando te conheci.




Eu não pretendo levar daqui um bloco cheio de folhas brancas.

quarta-feira, novembro 25, 2009

Deconstrução, a minha

Parece que o tempo passa

O povo diz que se aprende com a idade. E que se está sempre a aprender.
Infelizmente o povo diz muita coisa, o que em síntese não permite que lhe seja dada grande credibilidade. Para além de ser uma injustiça – já que o Professor Marcelo faz exactamente o mesmo e ninguém lhe faz um manguito – é uma pena porque por vezes o povo até diz coisas bem interessantes.
Os dois exemplos acima são disso exemplo.

Sempre julguei que um dia tudo seria diferente.
Que um dia, num determinado ano da minha vida, acordaria e seria simplesmente imbatível, um mestre na lide de tudo aquilo que me rodeia e até, com jeitinho, de algumas das coisas que rodeiam os outros. Um poderio de know-how, envelhecido em casca de carvalho... mas o povo chegou mais cedo e paw!, "estamos sempre a aprender".

Particularmente chateia-me e no geral aborrece-me um bocado.
Sinto-me como um aspirante a carpinteiro, afinal não sei rigorosamente nada.
Hei-de vir a saber, é certo, mas entretanto já terei errado – uma ou duas vezes – e já não vou ter estilo ao dizer "Vês? À primeira!", porque vou ter um prego numa tábua e um ou dois dedos partidos...

Talvez por isso jogue sempre na antecipação. Pena que tão bem quanto jogo futebol.
Vejamos, eu sou muito bom na antecipação! Antecipar, para mim, é tão natural como a minha sede. Eu acordo, faço o meu leite com café, antecipo um bocadinho e ala, trabalhar que se faz tarde! E faz, porque geralmente são 8:05 e já vou atrasado...
Se ganho alguma coisa em antecipar? Não, nadinha. Como no futebol.
Eu sei que o problema há de vir lá, vejo-o no meu caminho, meto-lhe o pé e das duas uma, ou fico virado ao contrário ou alguém se magoa à séria.
Geralmente sofrer o golo é certo e quem se magoa à séria sou eu. Invariavelmente aprendo que devia ter dado um passo ao lado.

Não me considero a pessoa mais inteligente do mundo, embora paralelamente ache que o mundo tem de ter algo de grandioso reservado para mim. Nem que seja uma bola de Berlim, desde que com o melhor creme do mundo. O 2º ou o 3º melhor creme do mundo poderá já não ser suficiente.
Não sou céptico e não gosto de me imaginar como dogmático. No entanto, a ultima palavra é minha. É sobre ela que recaem as minhas decisões, o que faz de mim um "teimoso".
Toda a gente gosta do adjectivo "teimoso" e quase toda a gente do verbo "teimar", daí que quase todos teimem que são teimosos quando, na maior parte das vezes, são apenas parvos.
Eu sou um desses. E dos grandes.
Sou de ideias fixas, embora consiga reconhecer que por vezes essas ideias não são as melhores ideias que podia ter tido e acreditem, tenho muitas.

Acredito ter desenvolvido aquela que é a melhor maneira de viver a vida. Apesar disso, estou a actualizá-la permanentemente. O tal "sempre a aprender", do povo.
Peso 61Kg mas na minha cabeça sou capaz dos maiores feitos do mundo. E se os maiores feitos do mundo puderem ser feitos por um desconhecido, ainda que incrivelmente bonito, que pese apenas 61kg...Deus, como vocês vão ver que eu estive sempre certo...

Nunca irei saber tudo o que deveria saber.
No dia em que fiz 24 anos deixei, automaticamente, de ter 23.
Mais do que isto é estar-se a especular e, pelo menos na Bolsa, isso já é uma gritaria terrível...