A filosofia na vida
- ... e quando damos por nós, tudo passou. Somos farrapos de nós mesmos. Reparem, "somos" e "de nós mesmos", conjecturas numa afirmação que mais não é que lógica, aquilo a que gosto de chamar "redundância filosófica" e na qual se baseiam milhares de textos, afirmações com pretensão de se tornarem profundas, míticas... não passando, porém, de simples lógica.
Como o "tudo", como "o tudo que passou". Nada passa, ou melhor, o "tudo" nunca passa definitivamente. Se o "tudo" passasse, o "nada" seria o que nos restaria para afundar, na impossibilidade de nos afundarmos em algo que não existe.
Uma possibilidade... - reparem - a apresentação de uma possibilidade impossível, como solução para algo que não tem - na verdade - resolução. Eu se calhar pedia 5 minutos do nosso tempo para meditarmos, para analisarmos esta questão da "possibilidade impossível" que funciona como um fardo, um fado, um quase acto heróico pois o "eu" sabe que não tem salvação e compararmos esta questão com a outra, a do "sermos o que não somos" e até que ponto toda esta apresentação de falsas realidades influência o "eu" na dinâmica do "Strefans Spinfans".
Talvez muitos acharão de que se trata de tempo perdido. Porém, se muitos acharem tal tarefa "tempo perdido", tal significa que a minoria estará correcta. Vejamos, o "tempo perdido" nunca pode ser "achado". Se o "tempo" se encontra "perdido", ninguém o poderá - de verdade - "achar" e quem o julgue ter feito apenas estará redondamente equivocado. Neste caso, a maioria. Contudo, o cenário seria completamente diferente se quem "acha" quisesse apenas "considerar". Aí nada de errado haveria a apontar.
Até aqui tudo entendido? Alguma questão?
- Oiça... eu nem sei...
- Força, estamos aqui é para esclarecer essas duvidas!
- O senhor sabe que isto é uma portagem, certo? O senhor está bem?
- Sabe, é curioso, agora que diz isso... talvez não tenha sido boa ideia misturar aguarrás no café. Mas se virmos bem, actualmente já não é bem apenas uma "ideia", uma vez que eu misturei mesmo aquilo com a saqueta do Nescafé...
3 comentários:
obrigada pela quase-crise-existencial.
Ora essa, estamos cá é para quase-crise-existencializar ;)
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