A espectacularidade de se ser espectacular
Não.
E sim, é verdade.
Vejam bem: começaram a ler este post e depararam-se de imediato com uma negação, sem que alguma coisa, alguma hipótese ou alguma opção estivesse - sequer - em cima da mesa. E depois disto tudo, depois deste turbilhão de emoções que é levar com um "não" chapado do nada, são por fim retribuídos com a verdadeira confirmação de que afinal até não estavam errados... embora não saibam em relação ao quê.
É assim. Ainda não chegámos a lado nenhum interessante, eu diria que ainda não saímos sequer do sitio, e já fomos espectaculares duas vezes. É bom, é um bom indicador de que, de facto, o sensor de espectacularidade que recebi ontem está a funcionar, mas temos de prosseguir.
É espectacular ser-se espectacular. Nem é preciso ser-se espectacular para se saber isto, mas sê-lo e ter a plena noção disso é espectacular. Aliás, é sublime. Não, perdão, é espectacular. Afinal é apenas espectacular, o sensor de sublimidade que recebi ontem não está a funcionar. Deve ser da electroválvula.
E porquê? Por causa da espectacularidade. Sim sim, a espectacularidade.
A espectacularidade é aquela aura que nos envolve, que nos aconchega e que nos aquece - principalmente as orelhas - enquanto somos espectaculares. Poucas coisas há mais espectaculares que nos sentirmos quentinhos e aconchegados enquanto somos espectaculares. Se estivemos munidos de um sensor de grandiosidade a espectacularidade será ainda maior, porque aparecerão holofotes de 10kw sobre as nossas cabeças e quem tem holofotes de 10kw sobre a cabeça tem basicamente tudo o que quiser à sua disposição. E calor. Muito calor.
Caso não tenham sensores, basta desligarem o botão da humildade.
Alguns modelos mais antigos vêm ainda equipados com um termossifão, pelo que deverão contactar o fabricante para saber como proceder.
Só para vos dar um exemplo, vou desligar o botão. Cá vai:
- Um Português, um Francês e um Inglês estão num bar e o Francês pergunta "onde é a casa de banho?"... e um Americano entra com uma pistola semi-automática e mata-os a todos.
Hã? Viram? É o que eu digo!
Não há como enganar...
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