Ainda a propósito de Paris
Depois dos ataques da semana passada, ao Charlie Hebdo, todos falam em liberdade de expressão.
Todos, atenção: os que podem falar.
Mas dos que falam, dos que se tentam exprimir, os mais incríveis são os que apontam os limites do humor, a sua imposição, a sua noção básica e que ataques destes, pagos com a vida, são uma normal acção-reacção sob aqueles que não souberam ter noção de até onde podiam ir.
Tudo isto... sem saber distinguir uma rábula de um supositório.
Pois bem, eu compreendo.
Há sempre quem goste de defender o contrário do normal, mais não seja para se evidenciar, ter um certo carisma, um toque de inteligência de retaguarda de quem, mesmo arredado, vê mais que toda a gente.
Sim senhor, eu compreendo, já o tinha dito. Há chicos-espertos em toda a parte.
Queiram apenas compreender também, se se derem a esse trabalho, que para imporem limites ao que quer que seja têm, no mínimo, de saber o que é "o que quer que seja", neste caso, o humor. Caso contrário irá ser por demais ridículo, "frases cheias de nada e um eterno vazio que enche". E isto já é poesia.
Ora o que é, então, o humor?
Não meus amigos, infelizmente não, que eu não me dou a esse trabalho.
Não por vocês.
Um desenho do Maomé a fazer felácios a três homens encapuzados e armados, às escuras, num motel barato às portas de Paris.
Vê-se é muito mal.
Vê-se é muito mal.
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