Semana John McTiernan
Inauguramos esta semana dedicada a John McTiernan falando... de John McTiernan.
Confesso que lhe dedico esta semana embora durante muitos anos, e até há bem pouco tempo, desconhecesse a vastidão da sua obra mas vejo-o, hoje, como um marco da sétima-arte e de toda a arte em geral.
Um verdadeiro Marco. Embora se chame John. Mundo curioso, este.
Faz-me lembrar o meu tio Rodrigo.
Durante muitos anos chamei Rodrigo ao meu tio, era pequeno, e foi com uma certa incredibilidade que mais tarde soube, através de terceiros, que não só o meu tio Rodrigo não se chamava Rodrigo como também não era meu tio. E que era pequeno, não eu mas sim o meu tio, que não era meu tio, porque era um anão, o único anão residente em Santa Comba Dão em 1990.
O meu tio, que não era meu tio, como John McTiernan não é Marco embora, e é preciso relembrar, seja, para mim, um marco não só da sétima-arte como de toda a arte em geral.
Mas porquê John McTiernan?
Uma questão pertinente que pode, e merece, ser respondida com outra pergunta: e porque não?
Porque não dedicar uma semana ao génio que deu fez de Bruce Willis o herói de Die Hard ou de Schwarzenegger a força d"O Predador"?
Porque não dedicar uma semana ao inventor que, em 1982, decidiu dedicar-se aos curtumes, numa herdade perto de Beja, utilizando uma técnica então ainda completamente desconhecida de curtir peles usando um piano de cauda do século IXX, à base de copos de cortiça prensada, ao artista plástico que só no ano passado vendeu mais de 100 obras, a maioria em guache e tinta acrílica, e que era, em 1996, o único a pintar com o auxilio do pénis?
Por tudo isto e por muito mais damos assim inicio à semana John McTiernan, uma homenagem não só ao homem mas também ao génio e ao empresário da panificação que, ainda em 2002, olhou para um pão com chouriço e perguntou "que merda é esta?".
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