quarta-feira, dezembro 31, 2014

Feliz Ano Novo

Há pessoas a dizer que 2015 vem a caminho, nomeadamente em Sacavém. Permitam-me achar exagerado. Não estou a dizer que não acredito, atenção, estou só a dizer que não acred... ah, esperem, afinal estava.
Vou ter saudades de 2014, como tive de 2013, e vou passar para 2015 o que não fiz em 2014, tal como fiz em 2013, com uma pequena diferença:
- desta vez valem patardões de força.

A todos vós, um Bom Ano.

2015?

"Bairro", a 13ª parte


Rubrica "Bairro", XIII - À distância
Dezembro 2014

quinta-feira, dezembro 25, 2014

O Quarteirão da Suiça

O projecto tem já meia dúzia de anos e o cartaz reforça a ideia, porém tudo definha: ninguém acode o quarteirão da Suiça.


Perdido muito provavelmente na burocracia que abriu portas à "reabilitação da Baixa", quer o Teorias das Trevas, numa manobra arrojada, antecipar-se ao acontecimento e saber onde andam os "sem-abrigo que frequentemente deixam velas acesas em espaços devolutos que aguardam por grandes projectos de construção" e o que pensam eles fazer em relação ao quarteirão da Suiça.

És sem-abrigo ou julgas poder tornar-te num, a troco de bom dinheiro, para desbloquear esta situação?
Consegues fazer melhor que os outros, em 2010?
És parte interessada do projecto e tens alguém conhecido que facilmente consiga entrar nos referidos edifícios e se "esqueça" de uma vela?

Haverá quem lhe pegue fogo?
Entre em contacto connosco!



quarta-feira, dezembro 24, 2014

Feliz Natal

"Estava", "gostava" e "queria" são tudo verbos conjugados no pretérito imperfeito, interessantíssimo, mas são também a razão de vir aqui escrever estas linhas: porque gostava e queria desejar-vos um Feliz Natal. 
Mas estava a pensar: um Feliz Natal ou um Bom Natal? 
Foi a duvida que durante todo o dia me acompanhou e a qual, ainda agora, me deixa indeciso. 
E sejamos sinceros, estarei eu indeciso ou a ser parvo?
Essa questão, julgo, já é relativamente fácil de decidir.


Um Feliz/Bom Natal para todos!

terça-feira, dezembro 23, 2014

Associação de Príncipes Encantados preocupada

Video que há meses se tornou viral na base da discussão

O problema não é de agora e ninguém sabe muito bem dizer de quando é, mas "existe e é preocupante". É assim que Abílio Rosa, presidente da Associação de Príncipes Encantados, reage ao video de uma mulher caminhando durante horas pelas ruas de Manhattan sendo constantemente assediada, difundido no passado mês de Outubro e que, num instante, se tornou viral.

"A enormidade de pessoas que assumiram aquilo como um bastião - uma prova! - do assédio sofrido por todas as mulheres do mundo, estejam lá onde elas estiverem, é simplesmente ridículo! Eu não posso negar que há assédio, mas pela 1ª vez é levantada uma questão que, para mim e para a associação que tenho a honra de presidir, poderá vir a ser um grande problema: todas as mulheres que procuram príncipes encantados poderão vir a estar limitadas aos seus grupos de amigos".


"Eu não tenho qualquer dúvida que, com o decorrer de acções deste tipo, cada vez mais a mulher irá estar restringida a encontrar o seu príncipe encantado apenas no seu grupo de amigos, quando muito no grupo de amigos dos seus amigos e eu não sei se aqui não estaremos já a envolver algum assédio o que, pelo que mostra o vídeo, é mau: alguns deles desejaram-lhe apenas "bom dia" e por pouco não foram considerados predadores sexuais. Há vidas que deixarão de se cruzar, claro que sim".

E este poderá ser um momento decisivo para a associação: "Não sei como será o futuro, não sei se continuaremos de portas abertas. Somos contra o assedio mas representamos também o motor de algumas das melhores histórias de amor, somos aquele impulso que dá cor a muitos dias. Espero, sinceramente, que o exagero não nos mate".


Liga de Cavaleiros Andantes desvaloriza

"O assédio demonstrado no video só o é, de facto, quando a pessoa que assedia não cai "nas graças" da mulher, ou seja, quando não é bonito nem rico e esse não é o nosso caso", explica Ricardo Fontes, presidente da Liga dos Cavaleiros Andantes.


"O video nem nos focou. Homens que andam na rua, nos passeios... homens que andam a pé! Pelo amor de Deus, na boca dessas almas até um "desculpe" é assédio! Nós não funcionamos assim, nós não temos esse problema. Nós temos dinheiro. Nós temos a chamada "cara engraçada". Nós temos relógios caros, nós temos limousines, herdades no Monte do Cabeço não sei do quê. Por exemplo, se não existir uma herdade lá nós mandamos fazer uma. Nós perguntamos se podemos pagar uma bebida, claro, como os outros, mas geralmente podemos porque não é assédio. E claro que temos o nosso BMW lá fora. E claro que continuará a não ser assédio. Principalmente se tiver bancos aquecidos".

Para a Liga o cenário actual não é de preocupação. "Se os príncipes deixarem de agir, melhor para nós. Nós poderemos agir sempre e isso é o que nos importa".

Dois pontos de vista sobre um problema que alguns dizem existir, outros nem por isso e um provável futuro mais simples, mais previsível e mais limitado.
Caberá aos interessados decidir.


segunda-feira, dezembro 08, 2014

Do pensar em ti

- Espera... e é até possível que o mundo venha a acabar, talvez não, talvez se abra apenas uma brecha sobre os meus pés, talvez não. Estava a guardar este momento quase como uma jogada, provavelmente a última, para o momento certo, para quando o jogo me estivesse de feição mas percebi, ou tenho vindo a perceber, que nem eu sei qual é o momento certo nem tão pouco isto me parece um jogo, quanto mais um que se possa vir a virar para onde quer que seja. Pensei em ti e nos teus olhos cinzentos durante todo o dia e, sendo que baseamos tudo no raio de um tempo que passa, sempre, e sobre o qual nada se faz com um grau de certeza suficientemente forte para que consiga deixar-te ir hoje porque te vou ver amanhã, simplesmente deixei de perceber como consigo voltar para casa sem te dizer o quanto gosto de ti e o quanto te quero...
- Bom, olhe, eu vinha só fazer-lhe a leitura do contador do gás mas pronto...chamo-me Armando, prazer em conhecê-lo.
- ...
- Por acaso a malta costuma dizer que os meus olhos são mais para o castanho.
- Armando... fazia-me um favorzinho e levava-me este saco do lixo para baixo? Muito obrigado.