segunda-feira, dezembro 31, 2012

Um Feliz Ano Novo

Posso desejar um Feliz Ano?
Posso?
Mas posso mesmo? É que se não puder, não desejo. Ou então desejo depois...
Não estou mesmo a incomodar, não?
Posso, portanto... posso, não é? Se não pudesse diziam-me, não diziam?
Não disseram, não, eu dei conta... é que isso deixa-me a pensar que posso...

... então cá vai! 

FELI... 

...digam? Não disseram nada? Parecia que tinha ouvido...
...não? Então pronto, cá vai outra vez:

FELIZ ANO NOVO!!
VIVA 2013!!

(os foguetes presentes nesta posta não foram pagos com dinheiros públicos!)
(Hurray!)

Campo da especulação

Fechámos - ou iremos fechar - 2012 com 54 postas bem mandadas.
Se por um lado fechamos com mais uma posta que em 2011, onde completámos e editámos 53 postas originais, fechamos também com o numero de postas que nos propusemos a ter - ainda hoje de manhã -, o que é - ou vai ser - bastante agradável.

Se podia ser mais agradável? Isso já são vocês a entrar no campo da especulação e, deixem-me que vos diga, a partir do momento em que pisarem esse campo estão por vossa conta, porque nesse campo eu não entro. Dá demasiado trabalho: primeiro têm de abrir o portão da especulação, depois tem de percorrer cerca de 500 metros de especulação com cuidado para não chamarem a atenção dos cães que o vigiam, o que vos vai obrigar a andar muito devagar ou então, se a coisa correr mal, a correr na direcção da vedação da especulação que, com sorte, vão conseguir saltar... demasiado arriscado. 
Mas, atenção, vocês são livres de fazerem o que quiserem.


Se há projectos para 2013? Talvez, mas não quero levantar muito o véu, porque não sei se 2013 costuma usar cuecas. Compreendam, uma coisa é levantar um bocadinho e ver as perninhas de 2013 e tal, outra é pura e simplesmente levantar o véu e - todos - vermos mais do que queríamos.

Faço-vos um pedido - que é também a minha escolha: vamos ter todos calma... e apontar para mais de 54 postas!!

Yeah baby!!
Vai um Martini? Lamento, mas é só para depois da meia noite...


O Goucha de lá

No fim, no fim, eu até lhe dava um abraço. 
Um daqueles meio tremidos, com um certo receio de perder uma orelha ou um bocado no nariz... mas dava. 
Ao nosso Manuel Luís já não sei.

(veio daqui e é fenomenal!)

O último dia do ano - a 54ª posta

Aqui ainda se trabalha em busca da 54ª posta.
Estabelecemos esse objectivo para 2012, ainda à bocado. Estávamos a assobiar e a bater com os dedos na mesa, ocupadíssimos, quando nos lembrámos disso.


Melhor assim, que bater com os dedos na mesa ainda dá trabalho.

À laia de livro aberto

Um pequeno aparte:
- Se uma imagem valer mais que mil palavras, nenhuma dessas palavras foi - em tempo algum - sussurrada por ti.

Não pode ter sido.

domingo, dezembro 30, 2012

Acordo Ortográfico, 2ª parte

No dia em que deixar de fazer "actos" para fazer "atos" podem mandar-me com uma cadeira em cheio nas costas.
É na boa, eu vou saber compreender.


quarta-feira, dezembro 26, 2012

A espectacularidade de se ser espectacular

Não.
E sim, é verdade.

Vejam bem: começaram a ler este post e depararam-se de imediato com uma negação, sem que alguma coisa, alguma hipótese ou alguma opção estivesse - sequer - em cima da mesa. E depois disto tudo, depois deste turbilhão de emoções que é levar com um "não" chapado do nada, são por fim retribuídos com a verdadeira confirmação de que afinal até não estavam errados... embora não saibam em relação ao quê.

É assim. Ainda não chegámos a lado nenhum interessante, eu diria que ainda não saímos sequer do sitio, e já fomos espectaculares duas vezes. É bom, é um bom indicador de que, de facto, o sensor de espectacularidade que recebi ontem está a funcionar, mas temos de prosseguir.

É espectacular ser-se espectacular. Nem é preciso ser-se espectacular para se saber isto, mas sê-lo e ter a plena noção disso é espectacular. Aliás, é sublime. Não, perdão, é espectacular. Afinal é apenas espectacular, o sensor de sublimidade que recebi ontem não está a funcionar. Deve ser da electroválvula.

E porquê? Por causa da espectacularidade. Sim sim, a espectacularidade. 
A espectacularidade é aquela aura que nos envolve, que nos aconchega e que nos aquece - principalmente as orelhas - enquanto somos espectaculares. Poucas coisas há mais espectaculares que nos sentirmos quentinhos e aconchegados enquanto somos espectaculares. Se estivemos munidos de um sensor de grandiosidade a espectacularidade será ainda maior, porque aparecerão holofotes de 10kw sobre as nossas cabeças e quem tem holofotes de 10kw sobre a cabeça tem basicamente tudo o que quiser à sua disposição. E calor. Muito calor.

Caso não tenham sensores, basta desligarem o botão da humildade.
Alguns modelos mais antigos vêm ainda equipados com um termossifão, pelo que deverão contactar o fabricante para saber como proceder.

Só para vos dar um exemplo, vou desligar o botão. Cá vai:
- Um Português, um Francês e um Inglês estão num bar e o Francês pergunta "onde é a casa de banho?"... e um Americano entra com uma pistola semi-automática e mata-os a todos.

Hã? Viram? É o que eu digo!
Não há como enganar...



segunda-feira, dezembro 24, 2012

Em modo "blooper"

Boas!

(Corta...)

Hey! Como sabem, hoje é um dia especi...

(Corta...eles sabem)

Bo-as Fe-fe-fe-fe-fe...

(Corta! Que é isso? Mas tens que idade, afinal?)

O Teorias das Trevas gostaria de...

(Corta!! Porra, gostaria? Condicional, é? Não gostas agora, é só "se", hein?)

FELIZ NATAL pessoal!

(Está melhor, está melhor. Agora experimenta vestir-te... vestido também deve resultar...)




O amigo racista

- Já ouviste falar da Mandala?
- Mandá-la?
- Sim.
- Quem?
- Hã?
- Mandá-la, quem?
- Não, Mandala! Só!
- Mandá-la sozinha? Mas quem?
- Epá...
- E para onde? Mandá-la, só?
- Sim, só! Só Mandala!
- Pá, "tá bem", mandá-la só... mas para onde? E para quê?
- Não estás a perceber...
- ...e quem, afinal?
- ...Mandala! Tudo junto! Mandala!
- Ah! Mandar tudo...
- Não! Aquela cena indiana...
- Os indianos! Já percebi, os indianos!
- Não é isso...
- Mandá-los todos daqui para fora!
- Não, não...
- Era era! Eles e o resto, tudo junto!
- Fala mais baixo... não é nada disso...
- Acho muito bem! Começamos com aquele ali!
- Pára quieto...
- E mandamos o gajo para onde?
- Eu não conheço este senhor, estávamos aqui os dois a falar mas eu não o conheço...


Sabia que...?

Sabia que a primeira curiosidade do tipo "Sabia que...?" surgiu em 1852, em Albergaria-a-Velha, quando Victor Rodolfo, agricultor de 63 anos, informou Américo Fernandes, seu vizinho, de que a melhor forma de se livrar do cadáver do ser cunhado, que o próprio tinha assassinado com 3 tiros de caçadeira à queima-roupa um par de horas antes perto do Retiro "O Coxo", era mergulhar o mesmo rapidamente em ácido sulfúrico antes que fosse descoberto pelas autoridades?


quinta-feira, dezembro 13, 2012

13 de Dezembro

Não tenho nada de especial para dizer acerca de dia 13 de Dezembro. É um dia normal. 
O mesmo não aconteceria se estivéssemos, por exemplo, a 3 de Setembro ou a 12 de Outubro, ou até mesmo a 28 de Junho.
Caramba, eu até arranjava o que dizer para um 28 de Outubro ou, quiçaz, um 16 de Agosto! 
Mas não para um 13 de Dezembro.


É caso para dizer que nada há a dizer. Não acerca de dia 13 de Dezembro, que é hoje.
E talvez seja isso tudo o que existe para dizer acerca de dia 13 de Dezembro. Que é hoje.

Haverá sempre, porém - porque haverá, sempre, como acabei de dizer, não me baralhem -, quem dirá que "ah, dia 13 de Dezembro é depois de dia 12" ou que "oh, então, dia 13 de Dezembro é o dia antes de dia 14 de Dezembro", mas nada disto fará diferença.

A verdade é, contudo, mais simples: dia 13 de Dezembro não é nada de especial.

(Humm? Como assim? É dia da Republica em Malta? Tem a certeza? Eu acabei de dizer que não era nada de especial... sim... mesmo agora... que não era, sim... acha que posso? Não haverá problemas? Então posso, certo? Ok, muito obrigado)

Nem todos os dias podiam ser especiais, não é?
Pronto.
É o caso de dia 13 de Dezembro.

sexta-feira, novembro 30, 2012

"Roubaram-me o carro"

É assim, roubaram-me o carro.
Estava estacionado junto ao El Corte Inglês e, pelo que percebi, terá sido roubado entre as 15:30 e as 16H.
O carro em questão é um Smart Fortwo, preto, matricula 23-GH... não interessa, o importante aqui é que se esqueceram de levar a chave suplente!



Fica, para levantarem quando quiserem, na pastelaria da rua onde estava o carro.

E mais uma vez obrigado, um muito muito obrigado!

"Bairro", 3ª parte


Rubrica "Bairro", III - Comboio
Novembro 2012

quinta-feira, novembro 15, 2012

Soflusa trama gorda

Dois dias após visita oficial, Pedro Passos Coelho fez o balanço da vinda da chanceler alemã a Portugal.
"Não correu assim tão bem", confessou o Primeiro Ministro, "devido a um problema de agenda".


Embora aparentemente - e aos olhos dos média - a visita relâmpago de Angela Merkel tenha corrido na perfeição, a verdade é que nem todos os objectivos estabelecidos pela chanceler para a passada 2ª feira terão sido cumpridos, o que a terá deixado "um pouco irritada".
Na base do "problema de agenda" terá estado o plenário de trabalhadores da Soflusa, que obrigou ao corte das ligações fluviais entre o Barreiro e Lisboa.

"Um dos pontos mais importantes da agenda, se não mesmo o mais importante, era precisamente o da visita ao Barreiro - via barco - e foi muito triste tudo o que se passou", confessou o Ministro. "Desde logo, no nosso primeiro encontro em 2011, que ela fez questão de me dizer que, mais que uma viagem de barco, era um sonho de criança. Foi lamentável e embaraçoso".

Barreiro: Visita de Mekel "era uma oportunidade de enorme importância", PPC

Coincidência: Soflusa garante não ter tido conhecimento do plano oficial

Em comunicado enviado esta tarde, a transportadora afirma que o plenário realizado estaria já convocado desde dia 9 de Novembro e que o mesmo não teve como objectivo boicotar qualquer plano de Estado, "completamente desconhecido da administração", mas sim apresentar as propostas que resultaram de reuniões entre a administração e os sindicatos.

Soflusa: Ligação entre Lisboa e Barreiro esteve interrompida entre as 13:25H e as 16:20H

Trabalhadores sabiam

Enquanto a versão oficial da empresa é a do desconhecimento total, alguns trabalhadores confessam ter tido conhecimento e que "plenário" terá sido uma das formas encontradas de retirar os barcos do Tejo.
"Quisemos retirá-los à mão, mas ainda eram pesados. Usámos então o plenário", explicou Américo Fernandes, comandante dos catamarãs da empresa desde 1998.
"Queria ir ao Barreiro de barco? Não vai! Não vai... e tanto não vai que não foi. É assim. Connosco é assim. E com o meu tio seria ainda pior, mas ele já não está cá... Faça-me um favor e não fale mais nele, sim?"

Acerca do plenário, Américo é peremptório mesmo sem o saber: "Foi importante, claro que sim. Eu tinha vergonha de com 43 anos não saber jogar devidamente à Sueca, mas felizmente a administração da empresa  permitiu-nos corrigir esse problema sem recorrer a outras medidas que seriam brutais, tanto para os trabalhadores como para todo o sector em geral". 

A Soflusa tramou a gorda.


sábado, novembro 10, 2012

Rubricas

Foi iniciada uma nova rubrica. Foi de repente.
De inicio pensávamos tratar-se de uma simples série de fotos alteradas, modificadas, que depois se transformaria numa simples série de fotos alteradas e modificadas com um tema em comum, mas não:
- Fomos ver, era uma rubrica.

Denominada "Bairro", tem como objectivo retratar - de forma sucinta e frontal - aquela que é a dúvida - ou "A" dúvida - normal num sábado à tarde de grande parte da população portuguesa, integrando-a nos mais variados meios e situações.

Conta de momento já com 2 partes e, podemos afirmar com grande grau de certeza, vai ter mais do que 2 partes. Porque, no fundo, menos que isso já não é grande desafio.

Espero que gostem.

Rubrica "Bairro", I - Rally
Novembro 2012



Rubrica "Bairro", II - Incêndios
Novembro 2012



E é assim.
Porque é.
Não havia sentido em afirmar que era, se efectivamente não o fosse.
Metam-se nas vossas vidas!

terça-feira, outubro 23, 2012

Escrever é pedir problemas

Se falar, palavras alinhadas ou matrizes de letras criadas com o objectivo de expressar ideias, tem aquela pequena desvantagem que é dar som aos pensamentos e, por conseguinte, deixar memória em terceiros, escrever é pedir problemas.

Dizemos que não. Pior, dizemos que nunca. Mas afinal, o que era um "nunca", na verdade era apenas um "talvez" e o "não", mencionado anteriormente, bem que podia de facto ter sido um "não", não tivesse acabado por ser um simples "a não ser que".

Mais do que em palavra, perde-se em consistência.



segunda-feira, outubro 15, 2012

A metáfora do barco

Diz-se que são dois os dias mais felizes da vida do proprietário de um barco: 
- o dia em que o comprou e o dia em que o vendeu.


E com os Alfa Romeo passa-se o mesmo.

quinta-feira, outubro 04, 2012

terça-feira, outubro 02, 2012

sábado, setembro 22, 2012

Aos pacotes

[...]
- ...nunca digas "desta água não beberei..."
- Não puto, digo. Tu fazes o que quiseres, mas com o que está ali a boiar - e vê-se bem - vais-me desculpar mas vou escolher não beber. Não bebo. Ah, e a propósito, tu metes-me nojo.

quarta-feira, setembro 12, 2012

Suspeita


A governar assim, até este meio pêssego tinha feito um brilharete.
Por acaso foi pena, tinha dado um excelente Primeiro Ministro. Acreditem.

quinta-feira, agosto 16, 2012

Só cenário

- [...] A acompanhar a situação encontra-se o repórter Júlio Mendes. Boa noite Júlio, como descreverias todo esse cenário?
- Boa noite, o cenário que encontrei... o medo sente-se no ar, as pessoas estão visivelmente preocupadas com os últimos acontecimentos mas, pior, preocupadas com o seu futuro. Muitas perguntam-nos se as podemos ajudar... estão visivelmente abaladas...
- Dirias então que é um cenário aterrador?
- Não, aterrador não diria.
- Terrível?
- Humm... não, terrível também não me parece que seja.
- ... não?
- Não, não.
- ... preocupante, talvez?
- As pessoas estão preocupadas mas "preocupante" não é o adjectivo que utilizaria para descrever o cenário.
- Ai não?
- Não, não. Preocupante não.
- Então? "Negro"?
- Não.
- "Instável?"
- Não.
- "Periclitante"?
- Credo, não! Periclitante?!
- Então está como?
- O quê? O cenário?
- Sim, o cenário! Está como o cenário?
- O cenário... o cenário está tipo strefans.
- Tipo quê?
- Tipo strefans, a roçar quase o strefans spinfans.
- Strefans quê? Júlio, isso não são palavras.
- Não?
- Não não Júlio, isso não existe.
- Mas olha que é assim que está.
- Júlio...
- Eu é que estou aqui, eu é que sei. Está strefans.
- Não insistas Júlio, diz-me só como está o cenário...
- Então está "qualquer coisa".
- Isso não é nada Júlio.
- Não?
- Não, Júlio. Eu gostava de te lembrar que és um jornalista profissional e que está em directo para o Telejornal.
- Então "qualquer coisa" agora não é nada?
- Não é! Qualquer coisa não é nada!
- Ah, espera! É uma dupla negação! Assim está bem, se não é nada só pode ser qualquer coisa portanto.
- Hã?
- É isso é, peço desculpa. Faz sentido. E pronto, passo para ti a emissão.
- Passas a emissão?? Ainda não descreveste o cenário!
- Vou indo e tal.
- Júlio? Júlio!
- Uma boa noite.
- Júlio! Tu não me ignores Júlio!
- ...
- Júlio! Olha que eu sei onde vives Júlio!
- ...
- F!



quinta-feira, agosto 02, 2012

Marquês: um sitio à parte

Toda a gente já passou na Praça Marquês de Pombal.
Para quem passou mas não deu conta, o "Marquês" foi aquele sitio onde o carro em que seguia foi buzinado ou buzinou àquele outro que se atravessou à frente, convencido de que cortar 5 faixas para se dirigir para a saída imediatamente a seguir era coisa que não ia causar transtorno a ninguém, mas que acabou virado de pernas para o ar porque bateu num autocarro. Coisas que acontecem. Talvez tenha explodido.

O "Marquês" é aquele sitio onde acontece quase de tudo e onde se faz quase de tudo, excepto ir - efectivamente - onde se deve.



Existe um código, uma conduta própria que o automobilista deve seguir assim que chega à rotunda:
- O automobilista aponta a dianteira do veículo à faixa onde pretende entrar - ou apenas parte da dianteira do veículo, caso o resto da referida faixa de rodagem esteja ocupada pelo veículo que circula na faixa ao lado mas que, em duvida acerca da faixa onde deve seguir, decide seguir um pouco pelas duas - e deixa a magia acontecer.

As opiniões dividem-se nesta ultima parte. 
Enquanto uns dizem que o correcto é deixar a magia acontecer naturalmente, outros defendem que a magia não é mais do que a arte de iludir e que tal envolve muito trabalho, sendo o treino rigoroso a forma fundamental para um correcto - ainda que totalmente aleatório - atravessamento da rotunda.

Há até quem reze, enquanto o veículo é - inevitavelmente - contornado por um sem numero de automóveis que acabaram de bater, bateram ou vão bater, mas o certo é que o fazem enquanto seguem pela faixa errada.

Numa rara visão de futuro, pode-se dizer que não foi por coincidência que os artistas Francisco Sanches, Adão Bermudes e António de Couto colocaram um leão ao lado do Marquês de Pombal, no seu monumento em homenagem a Sebastião José de Carvalho e Melo.


Será símbolo de poder e força, claro, mas desde 1934 que lembra aos Lisboetas que, mais do que uma rotunda, aquilo é uma selva.
E é o que aquilo é, de facto.

quarta-feira, julho 25, 2012

Transtorno

O Banco de Portugal irá reter o pagamento dos subsídios de férias e de Natal aos trabalhadores e pensionistas, entre os quais se encontra o Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, e a ex-ministra das Finanças, Manuela Ferreira Leite, até que os tribunais decidam a questão jurídica colocada contra a aplicação da lei.

Os tribunais prometeram tratar do assunto até ao almoço de amanhã, "o mais tardar até ás 17H não vá o Antunes se atrasar na máquina das fotocópias".
E pediram desculpa, muita desculpa, pelo incomodo causado.
E choraram um bocadinho.


E pediram outra vez desculpa.
Muita desculpa se pediu ali...

terça-feira, junho 26, 2012

A filosofia na vida

- ... e quando damos por nós, tudo passou. Somos farrapos de nós mesmos. Reparem, "somos" e "de nós mesmos", conjecturas numa afirmação que mais não é que lógica, aquilo a que gosto de chamar "redundância filosófica" e na qual se baseiam milhares de textos, afirmações com pretensão de se tornarem profundas, míticas... não passando, porém, de simples lógica. 
Como o "tudo", como "o tudo que passou". Nada passa, ou melhor, o "tudo" nunca passa definitivamente. Se o "tudo" passasse, o "nada" seria o que nos restaria para afundar, na impossibilidade de nos afundarmos em algo que não existe. 
Uma possibilidade... - reparem - a apresentação de uma possibilidade impossível, como solução para algo que não tem - na verdade - resolução. Eu se calhar pedia 5 minutos do nosso tempo para meditarmos, para analisarmos esta questão da "possibilidade impossível" que funciona como um fardo, um fado, um quase acto heróico pois o "eu" sabe que não tem salvação e compararmos esta questão com a outra, a do "sermos o que não somos" e até que ponto toda esta apresentação de falsas realidades influência o "eu" na dinâmica do "Strefans Spinfans". 
Talvez muitos acharão de que se trata de tempo perdido. Porém, se muitos acharem tal tarefa "tempo perdido", tal significa que a minoria estará correcta. Vejamos, o "tempo perdido" nunca pode ser "achado". Se o "tempo" se encontra "perdido", ninguém o poderá - de verdade - "achar" e quem o julgue ter feito apenas estará redondamente equivocado. Neste caso, a maioria. Contudo, o cenário seria completamente diferente se quem "acha" quisesse apenas "considerar". Aí nada de errado haveria a apontar.
Até aqui tudo entendido? Alguma questão? 
- Oiça... eu nem sei... 
- Força, estamos aqui é para esclarecer essas duvidas! 
- O senhor sabe que isto é uma portagem, certo? O senhor está bem? 
- Sabe, é curioso, agora que diz isso... talvez não tenha sido boa ideia misturar aguarrás no café. Mas se virmos bem, actualmente já não é bem apenas uma "ideia", uma vez que eu misturei mesmo aquilo com a saqueta do Nescafé...



segunda-feira, junho 25, 2012

Strefans Spinfans


- Perguntei-me, algumas vezes, como teriam sido as tuas últimas palavras - quais teriam sido - se te tivesse pedido que mas dissesses. Pensei nisso várias vezes, como se alguém soubesse - à distancia - que aquelas seriam as últimas palavras, o último momento no qual pudesse ser dita alguma coisa. No qual valesse a pena dizer alguma coisa. Uma palavra. Uma frase. Uma última combinação, um último alinhamento de palavras, uma última escolha. Somos todos folhas em branco. Pensei nisso várias vezes, demasiadas até...
- "Strefans Spinfans".
- ...diz?
- "Strefans Spinfans"!
- Poooooooooois... não eram essas.


quinta-feira, junho 14, 2012

Já agora


- Bom, foi tudo muito giro e tal, mas já agora aproveito para perguntar o que é que tens andado a fazer de tão especial, tão fixe ou tão brutal para ainda não teres parado um segundo de criticar tudo o que te rodeia para - sei lá - respirar?
- Tu respiras?!



domingo, junho 03, 2012

Se acha piada a isto...


... não se preocupe, é perfeitamente normal. Até é giro, não é?
Sim, é normal achar-se isso. 

Agora, se tem um, saia imediatamente! Ponha-se fora daqui e rápido, antes que me chateie!
Você tomou uma decisão, "quero mesmo andar num Nokia 3310 gigante", agora aceite as consequências!

É que nem um Nokia 3310 é, que esses não avariavam! E quando batiam em alguma coisa não se partiam todos!
Rua!!

A propósito, essa luz acesa no painel está a indicar uma despesa superior a 500 euros...
Fora daqui!!

terça-feira, maio 29, 2012

Anticongelante

Dirijo-me ao teclado com determinação mas, no momento de escrever, toda a determinação se desvanece e se transforma nem sei bem no quê, em qualquer coisa, mas que muito provavelmente estará - de alguma forma - relacionada com o Silva Carvalho, porque hoje em dia tudo está.

Regozijo-me, escrevi uma piada. Mas no momento em que me regozijo todo o regozijo em si se desvanece e se transforma em qualquer coisa, continuo sem perceber no quê, mas desta feita terá de ser algo que não envolva o Silva Carvalho, porque isso da ultima vez - ainda agora - resultou no desvanecimento do meu regozijo, sendo portanto seguro afirmar que, desta vez, o super-espião não é para aqui chamado. 
Troço... um super-espião? Pergunto-me, haverá um mega-espião? Ou um hiper-espião? Toda uma hierarquia de espiões, onde os espiões superiores ignoram os mais pequenos espiões e estes, ignorados, correm a ignorar os espiões das Novas Oportunidades?

Regozijo-me outra vez. A noite hoje parece estar mais para isso do que qualquer coisa. E verdade seja dita, para além de não estar a fazer nada de jeito, não usava o verbo "regozijar" há uma catrefada de tempo. E enquanto visiono em 3 dimensões a catrefada de tempo durante a qual não usei o verbo "regozijar", a catrefada desvanece-se e transforma-se em qualquer coisa, muito parecida com a primeira que não soube identificar, mas agora com um suave aroma a morango. 

Estive para me regozijar outra vez, mas pareceu-me exagero. Não há motivo para regozijo. Não há. Há decerto quem ache que, numa noite dada ao regozijo, regozijar nunca pode ser considerado algo exagerado, mesmo que sem motivo. Eu, porém, achei estranha a falta de motivo e enquanto analisava a falta de motivo, eis que a falta - a própria falta! - se desvaneceu e pimba, fez-se em Chocapic.

Estranho a falta de coerência, decido abandonar a escrita. 
Pondero a minha decisão. Questiono a minha ponderação. Não compreendo a minha questão. Strefans.

Já perceberam que beber anticongelante é perigoso, não já?


domingo, maio 20, 2012

O Poder

- Deus, a sério?
- Acredita... também fiquei parvo...
- Não pode.
- Estou a dizer-te.
- Parem tudo...
...
...
...
...
- ...que estão eles a fazer?
- A desligar isto tudo. Tu disseste-lhes.
- Eu?
- "Parem tudo".
- Sim, mas...
- "Parem tudo".
- Sim, já percebi, mas estava a... não era para pararem tudo, era só para...
- Espera só um bocadinho... estou, mãe? Desculpa estar a ligar a esta hora, se te dissessem para parares tudo, o que fazias?
- Rui, eu já percebi Rui...
- Ah sim? Está bom mãe. E o pai? O pai está aí? O que é que ele fazia?
- Rui...
- Também? Obrigado mãe, falamos mais logo então, beijo.
...
- Não era preciso isso Rui, eu estava a brincar...
- Cuidado com o que pedes!!


quinta-feira, maio 03, 2012

Utentes reclamam falta de emoção

A ideia era superar a emoção criada pelo grupo Jerónimo Martins no 1º dia de Maio, mas tal não terá acontecido.

Pelo menos foi essa a opinião de quem se encontrava na Estação de Caxias hoje, pelas 14H, e teve oportunidade de ver e participar naquela que foi a primeira Flash Mob organizada pela CP - Comboios de Portugal, com vista a divulgar e incentivar o uso dos transportes públicos.

A iniciativa, que pretendia ser um evento verdadeiramente espectacular - como na verdade o são, todas as grandes colisões entre material ferroviário, com origem em falha humana ou técnica - durou pouco mais de 3 horas e provocou apenas 33 feridos ligeiros.


"Nem os prejuízos materiais foram elevados", desabafou Alímpio Silva, director da operação, que esperava francamente mais chapa retorcida. "Estavam 8 viaturas de desencarceramento na Gibalta prontas para entrar em acção, com os macacos pneumáticos e as tesouras, e afinal os comboios conseguiram sair daqui pelos próprios meios, eu não percebo". 

Indignados estavam também alguns dos utentes que viajavam na composição que se encontrava parada na estação e que foi abalroada. Para Carlos Matoso, residente em Ourém mas amante de uma senhora casada a viver actualmente em Carcavelos com dois dos seus quatro filhos e três caniches, a situação é insustentável. "Anda o Estado a desinvestir nisto tudo, anda o material todo preso por arames, para me chegar aqui este maricas e nem conseguir bater nisto como deve ser. Mais valia estarem quietos!".

"É gritante a falta de vontade em fazer melhor. Como vê, ainda tenho as duas pernas, ou dois braços. Se contar, ainda tenho 20 dedos. Não estou queimada, não estou desfigurada, não fiquei desmembrada nem tão pouco arrasada psicologicamente. Podia ter sido mais emocionante, estavam reunidas todas as condições para o ser, mas falharam. Podiam ter feito muito melhor", rematou Joana Silva, revoltada com a baixa velocidade a que ocorreu a colisão.

A CP informou estar já a tratar do assunto, com vista a melhorar futuras iniciativas.




quarta-feira, abril 25, 2012

Doce 25 de Abril


A primeira imagem mental que tenho sempre que se fala do homem que bloqueou a Rua do Arsenal com artilharia e que quase matou Salgueiro Maia, a 25 de Abril de 1974: 
- o Brigadeiro Junqueira dos Reis.




Yeah, tough guy!

Viva Portugal!

sábado, abril 21, 2012

Do acto* de "anhar"

Do homem que nunca se enganava e que raramente tinha dúvidas ficámos mesmo com o quê?
Alguém sabe? Alguém?



* E sim, leva a porra de um C!
(É que nem com isso ficámos! F...!)


domingo, abril 15, 2012

Sexta-feira 13: check!!

Fomos, fizemos o que tínhamos a fazer e mandámos abaixo umas quantas... até com os cotovelos, pela mesa, um desperdício...
Mas correu bem!


E muito obrigado a todos, sabem quem são :)
Um agradecimento especial ao Artur, principalmente pela paciência: Não-te digo que "estás cá dentro" porque isso é assustador, tu compreendes... se ficar famoso, Artur, se ficar famoso, um dia, ajustamos contas! ;)

domingo, abril 08, 2012

«Importante: não traduzir»

Alguém devia avisar o canal Discovery - explicar-lhes, não sei - que uma coisa é traduzir programas onde bimbos fazem motos, procuram ouro, constroem pontes, máquinas, arranha-ceus, etc, vão a leilões de arrecadações, falam da 2ª Guerra Mundial, da 1ª Guerra Mundial, falam da Guerra Fria, das Malvinas, do Vietname, da Coreia, etc, classificam aviões, classificam tanques, classificam motas, classificam classificações, mostram como se faz panelas, mostram como se fazem paineis de gesso, falam de insecticidas, de ADN, de ácidos ribonucleares, de vigas de aço, de pneus, de sofás, de comboios, de lâmpadas...

...e outra, completamente diferente, é traduzir um programa que tem, como argumento fundamental de existir, a voz do Morgan Freeman.


Não se traduz o Morgan Freeman. No máximo legenda-se o Morgan Freeman, traduzir nunca!
Mas o que é que esta malta anda a fazer!? O quê!?!

quarta-feira, abril 04, 2012

Imprecisões e falácias

Se eu dissesse que, não poucas vezes, fico estúpido com o que oiço, estaria a incorrer em diversas imprecisões e em uma ou duas falácias.

Primeiro porque, para além de falar, o ser humano tem todo um outro espectro de acções, o que lhe permite não só transmitir como também provocar um sem numero de sentimentos e sensações nos que o rodeiam. Em segundo, a minha capacidade de ficar estúpido não poderia (de forma alguma) resumir-se apenas à audição, sob pena de o não conseguir fazer através de um qualquer dos restantes sentidos, hipótese que - para além de injusta - padece de um mal que a inviabiliza à partida, não devido à minha espectacularidade como ser que estupidifica de diversas maneiras, mas porque são infinitas as formas, os motivos e as causas que possibilitam a estupidificação de um individuo.

Porém - e no que toca à minha pessoa - nada disto faz sentido. Há muito que terei ficado permanentemente estúpido.
É, aliás, bastante gratificante. Daqui não se passa.

terça-feira, abril 03, 2012

A quente ou a argolas

Depois da acusação do PS, de que Passos Coelho não teria estudado o dossier do TGV, o Primeiro Ministro emitiu um comunicado onde afirma que não só o examinou minuciosamente, como também se interrogou se o mesmo não teria ficado com melhor apresentação encadernado a quente ou a argolas. Azuis.


O PS reagiu, num comunicado de 327 páginas - e 2 anexos, um deles com varias receitas de frango assado do Happy Grill -, confirmando que, de facto, o azul teria combinado muito melhor, não só com a capa mas com todo o restante "design" do projecto.

sábado, março 24, 2012

Atirador de Toulouse

Mohamed Merah, suspeito de na passada semana ter roubado a vida a sete pessoas e que morreu com um tiro na cabeça, após 32 horas de cerco policial ao apartamento onde se encontrava, planeava ir ao Rock in Rio com o Continente.

Mas, como eu dizia, levou um tiro na cabeça...
É daquelas coisas, ás tantas fizeram-lhe um favor.

Uma semana depois


Correu muitíssimo bem, aquela que foi a estreia dos "Preciso de sair às nove e meia".
Numa escala de 1 a 300 mil, estivemos completamente lá. E "lá" só ficou a faltar uma lata de leite condensado, porque então aí... tinha-a comido no fim. No fim, só. Mas com calma, colherada após colherada, vocês sabem.

Não tivessem morrido as máquinas, hoje tínhamos uma genial foto do grupo, a ver se não nos esquecemos disso na próxima vez. Fica já aqui apontado para a próxima vez.

E fica também o enorme agradecimento a todos os que estiveram presentes. Muito muito obrigado :)
Se tivessem levado uma lata de leite condensado então...

quinta-feira, março 15, 2012

Sábado, 17


Será, portanto, como no IP3: ou passamos sem problemas ou vai ser um espectáculo terrível...

Sábado, dia 17, pelas 22:30 no Restaurante Don Formaggio, ao Estoril.
E se é para partir, é para partir :)

terça-feira, março 06, 2012

"Olá, muito boa noite...o meu nome é André Santos"

Imaginem que se dão ao trabalho de imaginar que, um dia, acontece. Que acontece qualquer coisa que vocês gostavam que acontecesse.
Imaginem que sabem o dia, sabem o local. Até sabem a hora. E que têm uma tarefa, uma tarefa simples, que pode fazer toda a diferença.


Ora, não a fazer era algo muito muito estúpido, não era?
Eu também acho que sim, aliás, já que estou sentado, vou escrever qualquer coisa.
Não que não vá fazer má figura na mesma, mas prefiro tentar dar o meu melhor.

Oremos.

quinta-feira, março 01, 2012

Magnum 44

Se vos disser que, sempre que oiço o All Together Now nos anúncios da Optimus, não fico um passinho mais perto de enfiar um tiro entre os olhos... é porque estou a mentir.
Claramente a mentir.
E francamente nem sei porquê, mas estou.



Um tiro...

quarta-feira, fevereiro 29, 2012

Come in Number 51, Your Time Is Up

Para o Zabriskie Point, filme de 1970, é repescado e reconfigurado o "Careful With That Axe, Eugene", tema dos Pink Floyd lançado 2 anos antes, e rebatizado "Come in Number 51, Your Time Is Up".

Uma verdadeira brutalidade...
Não conhecia, mas a falha já está corrigida.
Divirtam-se.




Pink Floyd ; Come in Number 51, Your Time Is Up (1970)
Zabriskie Point OST

segunda-feira, fevereiro 27, 2012

Entrevista com os Coldplay

[...]
- Mas já ouviste?
- O quê?
- O Mylo?
- Antes disso, Chris, eu ia chamar Mylo Xyloto ao meu filho. Agora vou ter de lhe chamar Raúl ou Pedro, Júlio... obrigadinho.
- Não sabia, peço desculpa... olha, chama-lhe Keyspringtersy! Espera, não chames... deixa-me apontá-lo antes que me esqueça...
- Tás a ver!? É isto! É isto que eu não percebo! O que é que se passa com vocês, pessoal? Vocês estão bem? Têm comido bem?
- Mas já ouviste o Mylo?
- Não. Andam com problemas em casa? Que roupas são essas? Foi assim que vos ensinaram a combinar cores?
- Não ouviste o Mylo...
- Ainda não. E os nomes! Mylo Xyloto? Keyspringtersy? Mas vocês andam a fumar o quê?
- Porque não ouves o Mylo?
- Eu vou ouvir!
- E depois dizes-nos se gostaste?
- A sério... não percebo...

Tremendo filho da dignidade

A 1 de Fevereiro de 2012, Namércio Cunha, arguído do processo Face Oculta, revela que Manuel Godinho tinha acesso a informação previlegiada.

Mas [...] "ainda assim, o advogado Paulo Penedos, que responde por tráfico de influências, abriu as hostilidades em tom irónico. "Na escola primaria, nos problemas do recreio, os meninos eram chamados à professora. Havia sempre um que dizia não ter sido ele, foi aquele", afirmou.

O filho de José Penedos, ex-presidente da REN, também acusado no processo, garante pela sua parte que irá "manter a dignidade" e fazer a sua defesa "sem apontar o dedo a quem quer que seja".
in Diário de Noticias


E - choque - fê-lo sem levar com um pontapé na boca.
Estamos assim, quedos. 

domingo, fevereiro 26, 2012

E poesia?

Este é um post poético.
É, não sendo. E enquanto o é, em toda a sua inexistência, também o não é, de todas as maneiras que o consegue ser, e mais algumas.
Mas como consegue, não conseguindo, um post ser o que não é, enquanto não o é, sendo, ao mesmo tempo? Como?
Como ler, não lendo, um post que para além de trazer, não trazendo, algo de novo deveria também, não devendo, divertir, não divertindo, quando na verdade não o faz, fazendo, porque se foca, não focando, apenas no facto de que a contradição, presente em muitas das poesias, é o que as torna, não tornando, verdadeiramente poéticas?
Será, não sendo, esse o segredo da poesia? Ser, não o sendo, de verdade?
Esperem, não esperando, tal não pode ser, sendo, o que resume, não resumindo, a poesia. Um poeta tem de ser, não sendo, - claro - mais do que isso.
Tem de estar, não estando, alguma coisa errada...

Ok, já sei, não sabendo, o que se passa... carreguei, não carregando, aqui num botão que aumenta, não aumentando, o meu nível normal de parvoíce para níveis absurdos...


Peço, não pedindo, imensa desculpa.
Não volta, voltando, a acontecer!

terça-feira, fevereiro 21, 2012

"O" post sobre o carnaval

Cá está!
É verdade, é este post. É este o post fenomenal que tanto aguardavam, aquele que vos fazia contar os dias e as horas, os minutos e os segundos, que vos punha a alinhar astros e a traçar cartas astrológicas e até um ou dois trajectos alternativos à A24, agora que é a pagar. O post que iluminou o vosso caminho para casa quando sairam à noite, que vos aqueceu os lençois quando, por fim, se deitaram naquela cama fria que esperou por vocês durante todo o dia, que vos fez lembrar toucinho sempre que viram o Fernando Mendes.

Este é o post. E o que, por fim, faz esse post? Bom... não faz nada.
Vá, não sejam assim, ponham-se no lugar dele, ele aqueceu-vos os lencóis, pelo amor de Deus!
Irra! Quando vocês querem conseguem mesmo... inspira fundo, expira...

Vamos deixar os cowboys e as fadas de lado, os ladrões, os cabeçudos e as matrafonas, bom, as matrafonas podemos abrir uma vala e mandá-las lá para dentro e cobrir tudo com uma laje de betão não-armado. Não, antes que digam, não tenho nada contra, mas acho que o betão armado seria um desperdicio, o ferro está caro e o fim não o justifica. Eu este ano quero apenas centrar-me na temática da cachaça.

A cachaça não é água. Há mesmo quem afirme, "a cachaça não é água não", que no fundo é apenas uma corroboração da frase anterior, em tom de repetição com o intuíto de parecer inteligente esclarecendo uma duvida que, embora surja com alguma frequência, não tem razão de existir.

Mas já tinhamos chegado aqui em carnavais anteriores, esta era a barreira. Este ano vamos mais além, este ano utilizamos a pesquisa do Google:

"Copo de água"

"Cachaça"

Conseguem perceber a raiz do problema, são muito parecidos.
Eu diria mais, são muito parecidos, porque o blog é meu e eu repito aquilo que eu quiser, mesmo que não adicione nenhuma mais valia ao texto!

Mas continuando, existe, portanto, um problema, correcto?
Nada mais errado... não, nada disso, não... está errado... não existe... posso falar? A afirmação está errada, não existe um problema mas sim um falso-problema, embora pareçam o mesmo... não o são. E recorremos mais uma vez ao Google:

"Pessoa que bebe muita água":

"Pessoa que bebe muita cachaça":

E pronto, está resolvido: a cachaça não é água, a cachaça não é água não, porque embora pareçam o mesmo, quem bebe muito um deles acaba com a cabeça dentro de um urinol.

Eu sei, não rima, não parece grande coisa, mas ao menos cheira melhor que urina e, sejamos sinceros, não é uma má maneira de terminarmos isto. Se haviam maneiras melhores... imagino que sim, aposto até, mas podemos sempre guardá-las para o próximo ano.

Porque a dúvida vai ganhar. A cachaça vence sempre...