segunda-feira, novembro 29, 2010

Tranquilo...

Os novos blindados da PSP, adquiridos para a Cimeira da Nato, não chegaram a tempo da Cimeira da Nato.
Dizem que apanharam transito, por causa da Cimeira da Nato.
Não tivera sido a Cimeira da Nato tinham chegado cá num instantinho, mas não teriam sido precisos... porque não teria acontecido a Cimeira da Nato.

Acabou por ser pena perderem o evento para o qual foram comprados, tinham feito um brilharete daqueles.
Qual foi mesmo o evento? De momento não me recordo...
É que conseguem ter aspecto mau, sem terem mau aspecto.


São o Daniel Craig do mundo dos blindados e agora parece que estão a dá-los, visto que aquilo para que foram comprados já passou.
Tenho 2, um deles vermelho para combinar com os meus Adidas.
Alguém quer um?
É só levantar a mão...

sexta-feira, novembro 19, 2010

O corte, 2ª lição

- Olhe desculpe...
- Sim?
- Bom dia, uma informação, como vou para o Tribunal?
- Para o Tribunal... ok. Está no Café Central...
- Ah, ok, o Café Central...
- Está no Café Central...
- Sim.
- Está no Café Central a fazer o quê? Não queria ir para o Tribunal?
- Mas...
- Está uma pessoa a parar e a deixar de fazer o que tem de fazer para lhe explicar as coisas e o senhor a tomar um cafézinho sentadinho na esplanada, hein? Epá, você mete-me nojo!! Olhe, tenha um bom dia!! Isto francamente...

domingo, novembro 14, 2010

Mau Maria


O problema mantêm-se:
Vem aí a Cimeira da Nato e, às tantas, o FMI... como é?
O sofá é sofá-cama que eu já vi, mas e o resto?

Bom, se calhar se eu desviar a mesa para ali... e eles trouxerem sacos-cama... não sei...

sexta-feira, novembro 12, 2010

Alegoria de palavras escritas

Julho de 2003

"A fábrica da Opel na Azambuja vai produzir 20 mil unidades extra do Combo graças a um concurso ganho pela Vauxhall para fornecer os correios britânicos. Este volume de produção vai ser dividido ao longo dos próximos cinco anos e representa mais de um terço do total de unidades saídas da fábrica portuguesa durante o ano passado.

Para o Presidente da Opel Portugal, Marques Gonçalves, esta encomenda demonstra que Portugal não fica atrás de nenhum outro país no que toca à capacidade de trabalho, à qualidade e ao empenhamento".
in Guia do Automóvel

20 Dezembro 2006

"Amanhã, às 23.10, as máquinas páram na fábrica da General Motors, na Azambuja, ao fim de 43 anos de laboração. A decisão da GM de deslocalizar a produção do Opel Combo para a fábrica de Saragoça atira para o desemprego os 1100 trabalhadores da fábrica, a que acrescem cerca de 400 postos de trabalho indirectos.

O ambiente na fábrica é de "tristeza". (...) A linha de montagem começa a ser desmantelada de imediato e todas as ferramentas afectas à montagem do Opel Combo serão transferidas para a fábrica de Saragoça. Os planos traçados pela GM apontam para que o processo de desmontagem da unidade da Azambuja e instalação das linhas na fábrica espanhola demorará cerca de dois meses. Ou seja, diz Paulo Vicente, Saragoça ficará apta a fabricar o modelo Combo em finais de Fevereiro. Até à data, não houve contactos entre os trabalhadores das unidades portuguesa e espanhola.

No final de 2005, um relatório da GM enaltecia o desempenho da fábrica da Azambuja, ao registar um aumento de produção de 11,2% face a 2004, ao montar 73 711 veículos. Ao nível da qualidade, "a fábrica da Azambuja voltou a apresentar excelentes indicadores e a evidenciar uma elevada eficiência a nível do processo produtivo, cotando-se entre as três melhores unidades industriais da GM Europa". Cinco meses mais tarde, um estudo evidenciava que o custo de produção por veículo apresentava uma desvantagem de 500 euros comparativamente a Saragoça. Amanhã, os trabalhadores do primeiro turno despedem-se da fábrica às 14.30, e os do segundo às 23.10. Depois, o silêncio instala-se até à saída das máquinas, logo a seguir ao Natal."

in Diário de Notícias

5 anos em 3 anos e meio.
É a quase magia de ler o que vai acontecer sabendo o que aconteceu, mas são apenas palavras que duraram mais tempo do que deviam.

domingo, novembro 07, 2010

Discriminação

Vamos falar de Orçamentos de Estado (OE)

O Orçamento de Estado de 2011 é diferente.
Em 2010 Portugal perdeu o estatuto de "país ideal" que durante décadas fez dele a super-potência mais a ocidente da Europa - relembro que "Portugal" passou, durante a década de 80,  a ser também significado de "super eficiente" e "porra, que espectáculo!" - e ficou completamente falido, o que foi uma chatice porque, como já falámos, antes disso nadávamos em rios de dinheiro.

Portugal entrou em crise e medidas tiveram de ser tomadas: os impostos aumentaram, a atribuição de subsidios deixou de ser completamente arbitrária e passou a ter regras base, prepararam-se cortes de vencimentos, alterou-se a tabela de produtos abrangidos pelos vários tipos de imposto, etc.
De forma a restaurar a credibilidade de Portugal era urgente aprovar o OE 2011.

Governo e os vários partidos reúniram-se várias vezes - principalmente com o PSD, maior partido da oposição, que mostrou bastantes dúvidas e procurou alterar medidas tornando-as menos implacáveis para o povo - inclusivé num sabado à tarde, algo inteiramente novo para pessoas que apenas trabalham de segunda a sexta e mesmo assim de forma muito duvidosa.

Mesmo antes de aprovado era oficial: o OE 2011 era "especial". E isso trouxe-lhe consequências.
No recreio o OE 2011 não brinca com os outros OE's, porque não gostam dele. Na cantina recusa-se a comer a sopa, mas isso é porque é parvo.


Segundo Carla Rodrigues, directora-chefe do Centro de Dia de OE's, a situação "poderia ter sido completamente evitada se todos os OE's anteriores não tivessem sido elaborados por atrasados mentais e sim por pessoas minimamente competentes que soubessem - nem que por cima - o que se passava no país sobre o qual estavam a falar e a tomar medidas... dessa forma o OE 2011 nem precisava de existir e eu - e o resto dos portugueses - até escusava de pagar mais impostos no final do ano para tantar compensar as sucessivas asneiras. O futuro agora é muito mais complicado".

O Teorias das Trevas tentou também obter a opinião de várias personalidades da classe politica portuguesa mas tal foi impossivel, tendo todos afirmado estar de momento a comer gelados com a testa.

quinta-feira, novembro 04, 2010

4 de Novembro

Há pessoas que dizem "não me arrependo de nada" - e dizem-no referindo-se maioritáriamente a um evento em particular, embora na verdade estejam a generalizar toda uma vida com uma frase de 5 palavras. Há pessoas que comem papel, eu no teu lugar não faria tantas perguntas começadas pelo verbo "haver" nem pelo "poder" porque há sempre um pouco de tudo por aí e se pensares bem tudo é possivel, principalmente se não tiveres em conta as consequências. Porém, elas existem e quem come papel sabe bem disso.
"Arrepender" também não é o verbo correcto, prefiro um "fazer" em "eu não o faria" de "se fosse hoje eu não o faria", porque foi perigoso e estupido e a vida tem maneiras misteriosas de fazer o seu trabalho. Por exemplo, hoje apetece-me rir até deitar um pulmão cá para fora...
Não, não me parece que seja possivel - já falámos disso - e não, também não ia rir até me sair um pulmão pela boca, principalmente pela carga de sofrimento implicita... voltaste a comer o WC Pato, não voltaste?
Deixa, deixa... já percebi.