quinta-feira, setembro 26, 2013

Sem efeito

Não que eu queira dizer que uma detenção como a de Oliveira e Costa, excelso ser humano e certamente com poucos contactos de outros seres humanos espectaculares cheios de posses e possibilidades, ficar limitada a termo de identidade e residência seja uma coisa estúpida, mas... bom, por acaso era mesmo isso.

Fica este post sem efeito, então.
Uma boa noite a todos.


Tijolo moído e água da chuva

Há alguns dias encontrei, no Rossio, um rosto preocupado.
No seu ser pareciam fluir muitas dúvidas, de tal ponto graves que a continuidade do ser humano na terra seria certamente assunto para depois. 

Contemplando o sol como se o seu olhar fosse o responsável por ele não se abater sobre a terra, talvez o meu amigo Chico das Canas pensasse no actual panorama social do país, nas reformas, se o ser humano sobrevive apenas se alimentando de tijolo burro moído e água da chuva...

Pensei duas vezes antes de o abordar e pensei bem.
Primeiro, quem tem amigos com nomes estúpidos é o Victor Bandarra. 
Segundo, não só não estava a pensar no que quer que fosse, como logo depois desmaiou inconsciente ao lado de uma garrafa de vinho tinto meio cheia. Ou meio vazia. Tenho ouvido dizer que depende do ponto de vista.

Se não acreditam em mim podem perguntar ao Zé dos Pneus, que ele confirma-vos o primeiro ponto.
O segundo sou só eu a ser estúpido.
Check!

Não, agora a sério Victor, tens de parar com essa merda.

Um abraço. 



sexta-feira, setembro 20, 2013

É mau quando a espectacularidade cai por terra

Alcatroaram um buraco aqui ao pé de casa. Eu explico.

O buraco estava devidamente sinalizado na parte do meu cérebro que identifica todas as irregularidades que as suspensões dos meus carros absorvem em determinados pontos específicos da cidade, ou seja, naquela que percebe que o carro bateu em alguma coisa de uma maneira que não devia e que desata a fazer contas a possíveis danos e custos de reparação.
É inevitável. Não consigo deixar de o fazer.
E, claro, estava colocada uma bandeirinha vermelha num mapa mentalmente criado noutra parte especifica do meu cérebro, por várias outras palavras possivelmente descrita mas aqui iremos ser simples e directos, que muito simplesmente me diz "voltas a passar por ali e és um estúpido do [...], pensa no que isso faz às rótulas e aos casquilhos".

É uma voz específica. Tenho várias.
Às rotulas e aos casquilhos, sim.

Lisboa, foto de Júlio Reis Silva tirada daqui

De maneira que hoje a voz mental entrou em cena, eu desviei a rota e o pneu frontal direito percorreu quase milimetricamente o perímetro do buraco, quem viu certamente pode ter achado aquela manobra espectacular uma óptima maneira de evitar chatices, tudo muito giro e tal mas nada de verdadeiramente relevante porque o buraco já tinha sido tapado, sendo que o alcatrão ainda brilhava de tão novo que era.

É mau quando a espectacularidade cai por terra.
A "bandeirinha vermelha", colocada com tanta pompa no meu mapa mental de buracos, demorou bastante tempo a memorizar. Foram muitas as falhas, os "ai, fod..-se! Esqueci-me!", foi duro... mas desapareceu numa tarde, dois anos depois.

Ora, problemas destes, com anos, só desaparecem numa tarde por uma razão: Autárqui... autár... au-tár-qui-cas. Autárquicas!
É isso, autárquicas. Como são de 4 em 4 anos esqueço-me. São um período muito intenso, muito repleto de tudo, promessas, microondas, alcatrão, etc, mas esqueço-me.
Por acaso é um problema que tenho, esqueço-me muito de muita merda que não me interessa rigorosamente para nada.

Mas eu tenho backups.
A bandeira vermelha da minha rua reaparecerá daqui a meses. E durará anos. Quatro, para ser mais preciso.
E depois eles virão tapá-lo outra vez, com notas de 500 euros, só para ser mais espectacular.
Minhas e vossas. Muitas.

E tudo isto porque alcatroaram mal um buraco aqui ao lado de casa.
Há pessoas que nunca estão contentes com nada, cambada de estúpidos.
Venham daí esses votos.

quinta-feira, setembro 19, 2013

Da falta de paciência

- Isso é como aquele clichê.
- Qual?
- Uma coisa é uma coisa.
- Não conheço. E então?
- Uma coisa é uma coisa, outra coisa...
- Outra coisa? O que é outra coisa?
- Ouve, tu mete-te na tua vida!

quinta-feira, setembro 12, 2013

Chocolate quente

Um estudo recente revelou que beber duas chávenas de chocolate quente por dia pode ser extremamente benéfico para os mais velhos.



No estudo, que contou com cerca de 60 voluntários com média de idades de 73 anos, constataram-se melhorias de circulação nas artérias cerebrais, como no caso de 18 pessoas com aterosclerose que tiverem uma melhoria na circulação de 8,3%.

8,3%.
Oito-virgula-três-por-cento.
Em 18 pessoas, de um grupo de 60.
Eu não sei se vocês conseguem ter a noção da magnificência desta "constatação".
Bendito seja o estudo.

O Teorias tentou entrar em contacto com algumas destas 18 pessoas e descobriu, para grande tristeza de toda a redacção - e somos poucos, por isso dividida por todos acabou por dar mais tristeza por cada um -, que estão todas, sublinho, todas entupidinhas com diabetes.

Uma pena, vos digo.
Entupidinhas, mas com uma circulação cerebral que nem vos conto...

Assim vale a pena. Assim é outra loiça.

segunda-feira, setembro 09, 2013

Pinheiro do Caramulo está deprimido

Quem o diz é o Instituto da Conservação da Natureza e Florestas (ICNF), que desde a semana passada se encontra no Caramulo a analisar o comportamento da árvore.

O pinheiro, um Pinus Brutia com sensivelmente 42 anos, começou por demonstrar algum nervosismo "tipico de situações stressantes", mas com o passar dos dias terá caído numa enorme depressão e os especialistas mantêm-se reservados acerca da eficácia do tratamento.


"Podemos perder o único pinheiro que sobrou do brutal incêndio, mas a equipa está confiante de que os resultados serão positivos" afirma Joaquim Chaves, Coordenador de Prevenção Estrutural da Serra do Caramulo.

O verde não está na moda

Basta visualizar um catálogo da La Redoute de 2013/14 para se perceber, rapidamente, o cerne do problema com que se depara o ICNF: o verde não está na moda. 
E muito menos na Serra do Caramulo.

"Em anos de pinheiro, 42 anos equivalem aproximadamente a 16 anos humanos, pelo que estamos perante uma árvore muito jovem, em plena adolescência, muito influenciável e muito insegura de si própria. É, neste momento, a única árvore a vestir de verde numa enorme área onde o preto e os cinzas dominam, não é trabalho fácil. Não é fácil explicar que, neste caso, preto é morte e verde é vida... para a árvore o que interessa é que tudo esteja a combinar e isso não tem sido fácil de transmitir", conclui Joaquim Chaves, afirmando que "as próximas 2 semana serão fundamentais".




terça-feira, setembro 03, 2013

Ainda o Caramulo: Não foi por falta de meios

Miguel Macedo, Ministro da Administração Interna, fez saber que não acredita nas noticias que afirmam haver ainda uma árvore não queimada na Serra do Caramulo mas, peremptório, afirmou que "se tal, de facto, aconteceu, não foi por haver falta de meios ou deficiente coordenação".

 "Demos o nosso melhor e se, tal como afirma, sobrou uma, cabe-nos então a nós rectificar a situação o mais depressa possível para que no próximo ano não voltem a acontecer casos destes, em que as árvores supostamente deveriam ter ardido todas e tal não aconteceu. Ninguém o lamenta mais do que eu".

E de facto Raul Miranda, habitante de Celorico da Beira que já por duas ou três vezes afirmou no passado lamentar mais que o Ministro diversas e variadas situações, não emitiu qualquer comunicado, remetendo desta vez todo e qualquer lamento para o Ministério da Administração Interna. 


Encontrado pinheiro por queimar no Caramulo

Uma noticia de ultima hora dá conta de que terá sido encontrada uma árvore ainda verde, na Serra do Caramulo, estando as autoridades a realizar de momento testes para averiguar o ponto de situação.

A árvore, um pinheiro Pinus Brutia, encontra-se perto da aldeia de Braçal e terá resistido aos violentos incêndios deste verão, sendo actualmente a única árvore que não virou cinza no ultimo mês.

O Instituto da Conservação da Natureza e Florestas (ICNF) diz ser ainda cedo para divulgar mais dados, mas o Teorias sabe que psicólogos determinaram que árvore revelou comportamentos típicos de "depressão" e encontram-se já em campo para controlar situação.

Foto de Patricia de Melo Moreira/AFP

segunda-feira, setembro 02, 2013

Ao futuro balanço anual

Podia dizer, Chegou o fim de uma era. Podia.
Tente o leitor compreender, juntar as palavras e reflectir, ainda mais agora que foi chamado a essa difícil tarefa que é compreender o que ainda não foi dito como se de algo fácil se tratasse, que o fim de uma era, embora não necessariamente, pode mais não ser que o inicio de outra, possivelmente tão boa ou melhor, ainda não o sabemos.

Podia, portanto, dizer, Chegou o fim de uma era, e o leitor, entretanto chamado à tal tarefa cuja facilidade é duvidosa, afirmar que não acredita, tantas foram as vezes que tal foi invocado no passado e nada mudou, pois então, se o sol nasce e se põe todos os dias e a produção deste blog se mantém pela hora da morte, Nada mais será que um anuncio vão, nada mudará.

Poderá o leitor ter razão.
Aquilo que por agora sei é que se me acabaram as férias. E que isso é uma chatice.

Claramente eu, em férias