sábado, abril 17, 2004

Folheto?

Haverá algo mais aborrecido do que ser abordado no Metro por pessoas que só sabem esticar a mão para dar folhetos? Ok, ok, para além de ter de viver num país em crise e práticamente falido? Possivelmente sim, mas agora não interessa...

É sobre esta temática que fala Bug Killer 03, na primeira participação neste incontornável blog:

"Os Elders"

À pois é, já cá faltavam os Elders!!! Ia eu muito bem a sair da minha faculdade e a apanhar os transportes públicos para chegar a casa, vulgo os meus ténis da Ardidas, e deparo-me com esta espécie de pessoas.
Não tenho nada contra eles, longe disso, até os acho pessoas fenomenais, devido ao que fazem! Sair da pátria mãe e vir para um pais desconhecido, aprender a sua língua, e passar a mensagem, é uma coisa difícil de fazer, e que tem como princípio básico acreditar no que se faz, e no que transmitimos. Esses senhores, só têm um contra (e é aqui que entra o ponto fulcral da história que vos conto!), é o facto de darem tantos folhetos!
Ia eu para casa, e eles eram 3 e andavam aos pares e só diziam “Pholheto? ” (são ingleses, só sabem dizer pholheto) e eu:
- Não, não obrigado.
Eles não se deram por vencidos, e vá de me impingir, e eu sempre a recusar, e por fim, desistiram.
Contudo, vinha um rapazola atrás de mim pela rua fora, e os Elders caçaram-no! Foi horrível, ver aquela pobre alma, a ser convertida a outra religião! O Elder tocou-lhe, e o rapazola, ficou com uma roupa nova e sapatos a condizer, malinha a tiracolo, e com um papel na mão. Eu estranhei o papel, mas quando o vi a dirigir-se a uma loja de uns senhores duma espécie em vias de extinção, os monhés brancos, percebi tudo! O rapaz foi tirar fotocópias dos folhetos e pôs-se a distribuir feito um louco. Ele viu-me a assistir aquele espectáculo, e dirigiu-se a mim, com a velocidade duma bala, para me dar um PHOLHETO, mas por sorte, os meus ténis da Naiki, ou eram Ardidas?, já nem sei, mas isso não interessa agora, corri que nem um louco até casa. Fui salvo, não pela religião, mas sim pela tecnologia dos piratas do calçado! Aqui fica o relato, de alguém que se safou a fúria do açúcar desses indivíduos estrangeiros. Já agora… Pholheto?