sábado, setembro 05, 2009

"Pare, escute e olhe... vá lá"

Uma viatura foi colhida por um comboio na Linha do Douro.
Uma passagem de nível sem guarda.
Houve vitimas mortais.
Iam a caminho de Fátima.
Malditas passagens de nível sem guarda...


Eu quando ando na rua costumo olhar por onde ando.
É um hábito parvo que eu tenho, eu sei, as pessoas às vezes até gritam "Então? Mas vais aí a olhar é? Que parvoíce!" mas a verdade é que me dá jeito, por vezes, não esbarrar contra nada nem contra ninguém só numa de mostrar que sou civilizado, que ainda sei andar na rua. E que até sei colocar "um pé à frente do outro e o outro à frente do um" e desviar-me das pessoas, que pesam aproximadamente o mesmo que eu.

Sigo ainda mais o mesmo raciocinio nas passagem de nível, com ou sem guarda, porque cada obstáculo não pesa aproximadamente o mesmo que eu mas sim várias centenas de toneladas.
Mas lá está, isto sou eu a fazer contas.

"Com as novas Formas Luso perdi 2 toneladas e meia numa semana"
(UTD600, fotografia de João Morgado retirada do Flickr)

O velho "Pare, escute e olhe" ainda é demais para nós.
Nós precisamos de um guarda a mandar parar, porque se assim não for não sabemos parar e não temos qualquer noção de fisica nem senso comum para adivinhar o que um comboio faz a um carro.
E depois a culpa é - já se sabe - das passagens de nível sem guarda, que não nos impedem de passar.

Como se diz em bom português? Estúpidos.