quarta-feira, fevereiro 03, 2010

Assim, pelo menos, parcialmente faz sentido

Ia começar o texto com um "estava aqui a pensar" mas não o fiz, porque na verdade eu nem sequer estava aqui.

Um dia, há muitos muitos anos, ouvi a expressão "vive cada dia como se fosse o ultimo", se não me engano num anúncio de um whisky.
Só apenas alguns anos mais tarde conheci a expressão "Carpe diem", de Horácio, em cuja obra se lê "carpe diem, quam minimum credula postero" (1º Livro de Odes).

Aproveita o dia, vive o momento, confia o mínimo no amanhã ou, em sentido lato, vive a vida ao máximo.

Lindo, acho simplesmente genial. Mas a partir daqui pego na minha malinha e vou-me embora, porque nada mais tenho a fazer aqui, não é o meu estilo de vida.
Nem meu nem de ninguém.
Parece ser brutal e inspirador, mas é também totalmente impraticável e utópico, ponto final.


"Gostava muito de viver a vida ao máximo e tal, mas infelizmente o ser humano ainda não sobrevive muitos dias só a comer terra e a beber água inquinada.
Vocês são muito fofinhos e isso, um abraço e qualquer coisa.
André Santos"

Acabou. E nem me venham dizer o contrário!

"- Olha, soubeste de fulano tal? Parece que está a viver cada dia como se fosse o último!
- Ah sim? Bem, espectacular!"


Carpe diem o crl! Deixa de ter a mania que és especial, amanhã vais acordar... e vais fazer rigorosamente o mesmo que fizeste hoje.
Se queres viver segundo a filosofia pegas numa garrafinha de água e partes amanhã para a Birmânia para ver os papagaios de cauda azul, mesmo sem fazer a minima ideia se existe disso por lá ou não. Olha, aproveitas a paísagem!

Pá...sejam consistentes!
Querem ter estilo? Continuem a coçar o cu, mas como se não houvesse amanhã.
Assim, pelo menos, parcialmente faz sentido.