sexta-feira, outubro 26, 2007

Não há palavras

Estou com dor de cabeça e esperei especialmente por este momento para dedicar tempo ao assunto seguinte.
Há coisas que só funcionam quando não se tem paciencia nenhuma.

"O artista é Guillermo Habacuc Vargas. O episódio vem de Manágua, na Nicarágua, em Agosto de 2007, quando o artista prendeu um cão esquelético a uma parede de um canto da galeria de arte Códice, numa mostra intitulada Exposição Nº 1. Noutra parede, com biscoitos para cão, escreveu a frase: "És o que lês". De fundo pôs a tocar o hino sandinista ao contrário. E toda a zona cheira a marijuana e crack, drogas que Vargas decidiu queimar num incensário.
A notícia foi avançada ontem pelo Público, que cita jornais locais, onde Vargas justifica: "Um animal transforma-se no centro das atenções, quando o coloco num lugar branco onde as pessoas vão para ver arte, mas não quando anda pelas ruas esfomeado". "

in Região Sul, 26/10/07

"Um artista da Costa Rica, Guillermo Habacuc Vargas, expôs um cão vadio faminto numa galeria de arte. Ninguém o alimentou ou lhe deu água, morreu durante a exposição. Guillermo Habacuc Vargas foi o artista escolhido para representar o seu país na "Bienal Centroamericana Honduras 2008". Existe uma petição onde é pedido que ele não receba este prémio."

in evana.org, 24/10/07 (e também na caixa postal do meu email, obrigado Ana)

Ora, a petição está AQUI e vou assiná-la a seguir.

Deixo é só aqui uma linhas, sem piada, isto é demasiado importante.

Este senhor, Guillermo Habacuc Vargas é um "artista" e como em tudo há os bons e os maus.

É complicado arranjar palavras para descrever a sua "obra de arte", mas com jeito arranjam-se duas ou três e é certo que nada do que se diga vai alterar o destino do pobre cão, mas "quando tem que ser...tem que ser".

Quem conhece Guillermo Habacuc Vargas?
Vargas é - unica e exclusivamente - um monte de merda. Está apresentado.

Um cão abandonado e faminto, Natividad, conseguiu no canto daquela galeria - enquanto morria de fome e sede aos olhos de todos - demonstrar o quão cruel podem ser as pessoas, neste caso por uma exposição de "Arte". Uma exposição...

"És o que lês"?
Não meu amigo, "És o que fazes" e tu és um filho da puta.
Um grande filho da puta.
Tenho pena de não seres de cá, meu "pseudo-artista de merda".

Mas pronto, olha, já te fizeram tantas ameaças de morte que agora, ao mundo, resta ficar a ver.
Ah, claro, e lutar para que não vás ao Bienal.

Um ferro em brasa para ti amigo.

Já me obrigaste a dizer asneiras, meu cabrão do car...
Fodasse, esta humanidade...